quarta-feira, 20 de julho de 2011

Abraçar é uma nobre arte!

Abraçar é uma nobre arte!


O ato de cingir com os braços alguém, com o carinho liberado do coração faz muito bem à raça humana. Tanto para quem está praticando esse saudável exercício, quanto para quem está sendo contemplado por ele. Essa gostosa troca de sentimentos positivos é um dos gestos, se não o mais intenso, de sentir um ao outro. Um abraço pode renovar a alma e devolver ao espírito sua calmaria após algum período de agitação.

É através do abraço que podemos transmitir as emoções que muitas das vezes não conseguem ser ditas através de palavras. É um gesto completo, sem meios termos quando é dado com amor. Ele transmite uma sensação que vai além dos limites da imaginação; vai onde os olhos são incapazes de penetrar e os ouvidos incapazes de captar. Os sentimentos expressados através dele, são fundamentalmente importantes para a manutenção de bons relacionamentos, sejam eles de qualquer natureza.

Quando nascemos recebemos um abraço da enfermeira e depois de nossa mãe. E assim somos abraçados durante os primeiros anos de nossa vida, até um dia poder retribuí-los aos nossos pais, amigos, amores... Teria a ousadia de dizer que, somos arrancados para sermos abraçados.

Mas infelizmente o abraço está sendo esquecido nos lares, nos grupos de amigos, parentes, enamorados, casais, filhos, irmãos... O abraço está sendo desacumulado das tarefas do cotidiano. O simples e amável gesto de abraçar poderia minimizar carências, depressões, tristezas e tantas outras mazelas que nos cercam. Essa terapia, que é um abraço verdadeiro e sincero, deveria ser obrigação de cada um de nós, não uma obrigação forçada, mas acrescentada aos nossos interesses de bem estar e de relacionamento humano.

Com certeza o mundo seria bem mais interessante e todos nós pensaríamos e viveríamos diferentes. Utopia? Depende do ponto de vista. Ninguém está condicionado a acreditar que o abraço é confortador da alma, mas também não pode negar que a sua intensidade, regenera algumas das más circunstâncias da vida. Abraçar é muito mais do que um simples "apertão" de braços. No momento em que abraçamos afetuosamente a quem apreciamos, transmitimos ali emoções como o amor e a paz. Abraçar é mais que irrelevantes atitudes. É um dom. Vem de Deus.

O abraço tem o poder de revelar o tamanho do vazio que há dentro de nós e consequentemente dentro do outro. É como um fundo falso. Ao abraçar alguém, muitas vezes somos capazes de perceber o quanto o outro necessita de nós.

Num tempo de redes sociais, em que a internet dita os parâmetros do dia-a-dia, o abraço tende a perder seu valor pelas vagas sensações abstratas e muitas vezes fictícias, que tentamos exprimir através das novas tecnologias. O abraço não é fictício, é real. Tudo se acrescenta a ele: o olhar, o sorriso, o beijo... Abraçar é dizer ao outro: Estou aqui. Venha, você cabe em mim. Sinta o quanto te quero bem.

Quem não sabe abraçar não sabe do outro nem de si. Fecha-se e não se permite dizer que precisa de alguém. Abraçar é quebrar barreiras e alargar fronteiras do sexo, religião, cor, raça e classe social. Se sentirmos vontade de abraçar é porque temos vontade de acolher a vida.

O abraço é gratuito. Sela os reencontros e recomeços. Derruba todas as estruturas de morte que nos cercam. Seus benefícios trazem ao coração a singeleza e a esperança de dias melhores. O abraço é, portanto, uma fonte onde podemos encontrar forças para continuar a vida. Pratiquemos. Abracemos. Sejamos felizes, porque a vida torna-se curta demais para aqueles que não sabem viver bem.

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